quarta-feira, 24 de agosto de 2011

No exercício do amor, você pratica alegria ou tirania?

Estranho paradoxo o que a maioria dos casais experimenta: ao mesmo tempo em que desejam sinceramente serem felizes e fazer com que o relacionamento dê certo, sem se darem conta vão agindo no sentido de armar uma verdadeira guerra um contra o outro. Ou seja, buscam a alegria, mas pelo caminho da tirania. Resultado? Não dá certo!

Alegria é resultado de atitudes leves, que incluem compreensão, ponderação, reflexão, paciência, capacidade de colocar-se no lugar do outro, aprender a relevar, desculpar, não endurecer tanto, não acusar tanto, olhar para si mesmo e buscar um comportamento mais equilibrado... Ao passo que a tirania é a conduta arrogante e prepotente de quem sempre tem razão e é incapaz de aceitar as diferenças, de concordar que o outro pode pensar e sentir de modo adverso e, ainda assim, ambos terem razão. As suas razões.

Claro que muitas pessoas imediatamente reagem a esse tipo de acusação dizendo que não são assim, que não se consideram sempre certos. Porém, pergunto: se você está brigando e discutindo com alguém, o que mais está fazendo senão tentando provar que ele está equivocado e que você está certo? Afinal, esta é a base de qualquer crise – um descordar do outro!

Não estou querendo insinuar que num relacionamento nunca haverá discordâncias. Isto é impossível. O que proponho é uma reflexão sobre o quanto elas são recorrentes e o quanto têm se tornado um jeito de exercitar o amor. Sim, porque muitas pessoas terminam considerando as constantes brigas e discussões como normais. E embora sintam o peso deste clima, a tensão e a falta de alegria, continuam presas nesta dinâmica doentia e destrutiva.

Como mudar? Como sair deste círculo vicioso? Como para a maior parte das perguntas sobre relacionamentos, começaria dizendo que a solução é simples, mas nem por isso fácil! Aliás, por ser tão simples, mas tão profunda e exigir tanta autenticidade, não é mesmo nada fácil. Mas é possível e, sobretudo, vale muito a pena!

Comece considerando a única verdade sobre relacionar-se: é preciso que você faça a sua parte e se responsabilize por ser o melhor que pode, a cada dia. Isso quer dizer que enquanto você continuar discutindo, gritando e tentando convencer o outro de que está com a razão, bem pouco vai adiantar e dificilmente vão se entender!

Pare e ouça. Sim, ouça o que o outro está dizendo. Se não entender, pergunte! Interesse-se por descobrir o que ele está sentindo, o que está pedindo, do que sente falta, o que quer, como quer, quanto quer! Nenhuma solução pode ser encontrada se você não souber e compreender exatamente o que está acontecendo no seu relacionamento.

E acredite: não se trata de submissão ou de fazer o que você não quer. Não se trata de se desrespeitar ou ignorar seus limites. Não! Trata-se de flexibilizar, crescer, rever conceitos e crenças. Trata-se de aprender e evoluir! Isto é relacionar-se de verdade.

Cada vez que você se disponibiliza a pelo menos tentar (mas tentar de verdade, com todo seu coração) a conciliação, em vez de se desgastar apontando os erros e as limitações do outro, você está, de fato, praticando o exercício de amar!
Rosana Braga

Cega de amor

Hoje eu preciso te contar uma coisa, andei pensando muito em você e em tudo o que já vivemos.
Percebi que você seria o tipo de pessoa pelo qual eu jamais me apaixonaria. Se eu te conhecesse antes, se eu soubesse dos seus deslizes, suas palavras que as vezes magoam, seu jeito as vezes doce as vezes amargo. Talvez eu não teria deitado naquele dia ao seu lado e dito que te amo. E ainda olhando nos teus olhos, parece bobo, mas é coisa que eu acho tão difícil fazer.
Mas, e se eu não te amasse tanto, eu iria me contradizer, eu sempre digo - a gente busca no outro o que a gente não tem.
Eu preciso sim, de alguém como você.
É preciso deixar o lado meloso, o blog, a saudade a mostra, por minha conta.
E deixar que você me complete, e fique ali somente pra receber tudo que eu tenho pra te dar. Não é muito não, mas se for falar de amor .. É muito, é tudo. É seu.
E já que foi assim, eu morri de amores por você e continuei vivendo, e continuo ainda mais porque você existe no meu dia-a-dia.
Queria agradecer toda manhã, por você ser meu primeiro pensamento do dia.
É porque antes de eu reclamar que tenho que acordar cedo, eu vejo sua foto no meu celular ao despertar. Acho que é pra mim não reclamar e agradecer por que nem sempre, a gente pode encontrar alguém assim.
Que até quando pode me esquecer, lembra.
Manda mensagem dizendo, - só falta você aqui. Como se fosse pra mim acreditar, e tola, acredito.
Como se não bastasse, poderia dizer "estou cega de amores".
Mas não, cega eu não poderia ver a pessoa maravilhosa que você é, talvez relevasse menos seus defeitos e nada seria assim.
Eu não fico cega de amores, eu vejo muito bem, até demais.
E é por isso que te amo, mesmo ainda pensando que seria a última pessoa do mundo que eu poderia amar. Hoje eu digo, é a ultima pessoa do mundo que eu quero deixar de amar.
Você assim, inteiro. Sem metade, com defeitos, com maus-humores, com dias tristes, cabelo bagunçado..com tudo que uma pessoa normal tem. E se eu fosse cega de amores, não veria nada disso.
Eu vejo, e te amo ainda mais até aonde esse caminho nos leve.
Retirado do blog completoemretalhos.blogspot.com não deixe de visitar tem coisas lindas lá bjs no coração.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Ficar sem você!



Então porque eu o amo, eu deixo de viver?
Tive dias em que eu preferi deixar de viver, confesso.
Mas acharia patético aparecer no jornal da minha cidade dizendo que morri-por-amor. Não é mesmo? É meio encorajador, é como resumir minha vida em você. Mas não, isso seria obsessão, como você diz.
Meu amor é seu sim, mas, é um “amar nós”. Não apenas amar você. Amo o que éramos, não a pessoa que me diz palavras frias hoje. Amo aquele sorriso bonito, aquele jeito de você pedir como foi meu dia.

Amo, os nossos dias, não os dias em que você tem vivido sem mim.
E olha que engraçado, aprendi justamente com você a fazer isso. A viver mesmo amando, morrer de amores com um sorriso no rosto.
Viver, porque nada, além disso, pode me distrair de você. Esquecer? Um dia. Quem sabe com um novo-amor, aqueles de ano-novo-amor-novo. Quem sabe? Afinal, foi isso que eu fui pra você. Amor-novo, nada além. Agora, sou amor-velho, você está em outra "vibe", outros risos, outros corpos.

Eu apenas vou seguindo sem você. Porque cada dia pra mim, tudo me traz você. Nos detalhes, nos perfumes, nos olhos verdes e cabelos claros. Nas pessoas desastradas e com sorriso bonito.
Teria eu, de ter vergonha ao ficar aos quatro ventos declarando esse amor sem nexo. É, porque se tornou sem nexo pra nós. É aquela história de amar e não ser amado. Aonde um pede a volta do outro.
Mas não tenho vergonha de dizer que te amo tanto assim, afinal, foi por isso que eu vivi nos últimos meses. Meses? Acho que no último ano.
Hoje, eu vivo, mas é um viver diferente, é chegar no final daquela festa, e te procurar e não achar. É dormir no dia frio e não ter duas mãos a mais pra me segurar, ou aquele acordar e não ter mais uma mensagem surpresa. Talvez você nunca entenda.

Mas, a gente sabe, nunca foi fácil deixar de amar. E acho que não vai ser comigo que será diferente.
E às vezes te vejo falando, que eu fui conversar com você, e isso tudo começou. Sorte minha, e azar teu.
Olha aonde isso foi parar? Em um dia 23, vazio.
Mas sabe do que me arrependo? Dos dias que tenho vivido sem você.
Quero que as coisas mudem que eu possa sorrir de novo. Mas, você sabe não é fácil. Nunca vai ser.
Mas como você me disse, ninguém morre de amor. Talvez não, ou talvez sim.
Mas, viver de amor acontece e muito. E você, me fazia viver por isso.
Hoje, confesso, sem orgulhos e meias palavras, confesso gritando e às vezes desesperadamente chorando no fim da festa, AONDE ELE ESTÁ? QUE SAUDADE, QUE SAUDADE.

Grito, porque o que eu sinto eu nunca escondi, vivo, e talvez morra por isso. Mas não hoje, não agora. Não enquanto eu souber que te ver, me traz paz.
O que eu espero? O dia pra te ver, te abraçar, te dizer.. Olha, como você é lindo. E você rir, rir e deixando aquela linha do canto da boca mais forte, afinal você dizia que tem ela porque ta sempre rindo.
Acho que acreditei demais nas tuas palavras, e hoje? Hoje eu repito o que você disse naquele dia em que, por incrível que pareça, eu quis ir embora .. "como eu vou ficar sem você?"
Camila Vicent

sábado, 6 de agosto de 2011

Crônica do amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso.
Arnaldo Jabor

A lista

Faça uma lista de grandes amigos,
quem você mais via há dez anos atrás...
Quantos você ainda vê todo dia ?
Quantos você já não encontra mais?
Faça uma lista dos sonhos que tinha...
Quantos você desistiu de sonhar?
Quantos amores jurados pra sempre...
Quantos você conseguiu preservar?
Onde você ainda se reconhece,
na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora...
Quantos mistérios que você sondava,
quantos você conseguiu entender?
Quantos defeitos sanados com o tempo,
era o melhor que havia em você?
Quantas mentiras você condenava,
quantas você teve que cometer ?
Quantas canções que você não cantava,
hoje assobia pra sobreviver ...
Quantos segredos que você guardava,
hoje são bobos ninguém quer saber ...
Quantas pessoas que você amava,
hoje acredita que amam você?
Oswaldo Monetegro